31 Jogos do Nintendinho Que Ainda Valem a Pena!
Eu não cresci com o Nintendinho, minhas primeiras lembranças já foram com o Super Nintendo.
Culturalmente falando, o Nintendinho também não fez muito barulho no Brasil. Nessa época, a Nintendo não estava oficialmente no país, enquanto a Sega tinha um acordo forte com a TecToy para empurrar o Master System por aqui, com ótimas localizações de seus clássicos, como Wonder Boy e Psycho Fox.
Enquanto isso, os jogos da Nintendo ficavam disponíveis em consoles genéricos Dynavision, muitas vezes com fitas de vários jogos em 1, mas nenhum valendo muito a pena.
Por esse motivo, os clássicos da Nintendo não tiveram um impacto cultural tão grande aqui quanto tiveram no Japão e EUA, como a gente pode observar nos jogos indie americanos (muitos deles adoram se inspirar na paleta de cores horríveis do NES).
Nessa época, o que reinava no mundo dos videogames eram os Arcades, e o mercado de consoles tinha sofrido uma grande queda no fim da vida do Atari. Então, a Nintendo resolveu inventar seu próprio console caseiro, e fez história.
O Game Design nessa época ainda era uma novidade, e o mercado estava acostumado à realidade dos Arcades: jogos difíceis para consumir fichas.
Então a Nintendo, encabeçada pelo Designer Shigeru Miyamoto, resolveu adaptar os jogos à nova realidade de consoles caseiros. E com ele, veio uma grande onda de experimentação do meio.
Segue então, uma lista com 30 dos maiores clássicos, e jogos que envelheceram bem e são divertidos até mesmo hoje em dia (apesar da paleta feia).
Whomp’ Em
Um jogo na veia de Megaman, mas com combate focado à curta distância, com seu personagem usando uma lança.
No Japão, o jogo é baseado na lenda de Sun Wukong, que também influenciou Dragon Ball. Então você vai ver aqui algumas referências, como o bastão mágico e a nuvem voadora.
O jogo é bem polido, as mecânicas são interessantes e variadas. Ao derrotar chefes você ganha seus poderes, e os inimigos também dropam melhorias para o personagem.
Ótimo e curto jogo de ação para o NES.
Solstice
Solstice é um puzzle-platformer isométrico.
Se você acompanha minhas reviews, sabe que normalmente eu repudio esse tipo de jogo, apenas por achar que isometria não combina com plataforma de precisão, por questão de ângulos difíceis de interpretar.
Mas Solstice é tão polido e focado apenas nesse aspecto, que esse jogo é um dos melhores que esse gênero pode oferecer.
Entre muitos itens, segredos e formas obtusas (e necessárias) de dar pulos duplos, Solstice é uma experiência obrigatória do NES.
Adventure Island
Adventure Island é um dos Arcades mais clássicos que você vai encontrar por aí.
O jogo consiste basicamente de você correr pra frente, pular e atacar. Não tem como voltar, e se você ficar parado o tempo acaba também.
Demora um pouco pra você se acostumar com o ritmo frenético de Arcade, mas o jogo é desafiador na medida certa.
Ice Climbers
Ice Climbers é um platformer da época que a fórmula do Mario ainda não tinha se consagrado.
Ou seja, ao invés de fases horizontais, o foco desse jogo é escalar fases verticais.
E, do jeito Nintendo de polir seus jogos, eles fizeram o pulo desse jogo algo único. Cada pulo é um comprometimento, e jogar ele é bem mais difícil do que se parece.
Mas depois que se acostuma, é bem gostosinho, apesar de meio repetitivo. Dá pra enjoar rápido.
F-1 Race
Um jogo de corrida minimalista e bem polido.
Você tem que se preocupar com a marcha do carro, mas só existem duas opções: “alta e baixa”, ou seja, veloz para retas e devagar para curvas e ultrapassagens.
O jogo já fica bem desafiador a partir da segunda fase, pois existe um limite de tempo que exige que você jogue bem para progredir.
Metal Gear
Esse jogo é o nascimento da aclamada série Metal Gear.
Longe de ser uma série clichê de ação, Metal Gear sempre foi sobre táticas e espionagem.
Ao invés de sair atirando nos inimigos, o foco é muito mais em passar despercebido e economizar munição.
Quem é fã da série vai gostar de ver a sua origem, mas o jogo não é muito amigável com iniciantes.
Batman
Esse jogo é um clássico do NES. O que normalmente não é de se esperar, considerando que é um jogo licenciado de um filme (a versão do Tim Burton, de 1989).
É um jogo extremamente competente, na apresentação e no gameplay.
Sua pixelart é referenciada até hoje por artistas modernos, por apresentar ótimos contrastes e uso de keyframes de forma inteligente (destaque para a capa do Batman).
Uma grande crítica a ele é: difícil pra chuchu, principalmente no final.
Menção honrosa pra outro jogo do Batman do console: Return of the Joker. O gameplay não é nada demais, mas os gráficos estão entre os mais bonitos do console, graças a chips especiais na fita:
Punchout
Mais um jogo extremamente polido da Nintendo.
Punch-Out é um jogo de boxe, e reações rápidas.
Cada oponente vai ter um padrão, seu objetivo é aprender esse padrão, e ser capaz de reagir a ele (mais difícil do que parece).
Fácil de aprender e desafiante de progredir, ótimo jogo. Envelheceu bem!
Donkey Kong
Um jogo ruim.
Mas, um grande clássico, que inclusive fez 40 anos esse ano. Obrigatório no currículo de qualquer gamer.
Não só aqui que os personagens Mario e Donkey Kong foram inventados, mas esse foi o primeiro videogame com uma trama entre personagens.
Antes dele, os jogos eram tipo “você é um tanque e vai matar inimigos até morrer”. Aqui finalmente foram introduzidos personagens, e uma história com progressão.
Mas o jogo é ruinzinho, o próprio Miyamoto falou que se pudesse, ia voltar no tempo e pelo menos tirar o “fall damage” do Mario.
Chips n’ Dale
São dois jogos do Tico e Teco para NES, que não tinham o direito de ser tão bons.
São platformers competentes, e até fáceis, se comparando com a biblioteca do NES.
Um dos poucos jogos do console que dá pra relaxar jogando (sem ficar entediado por ser fácil demais).
Double Dragon
Esse jogo foi o primeiro grande Beat’em Up dos arcades.
Tornando-se um grande sucesso com várias sequências e até um filme de Hollywood, mas hoje a franquia já esfriou.
No caso, essa versão de NES é um port do Arcade mas peca em um detalhe muito importante: não tem co-op.
Só por esse motivo já fica difícil recomendar ele, a não ser mencionar por sua importância histórica.
Duck Tales
Mais um ótimo jogo licenciado de NES, antes disso começar a ser associado com jogos low-effort.
O diferencial desse jogo é a mecânica conhecida como “pogo-stick”, ou quicar no chão usando sua bengala (mecânica reutilizada recentemente em Shovel Knight e DKC: Tropical Freeze).
Além dessa inovação em gameplay que envelheceu bem, o jogo é um platformer competente e bonito.
Battletoads
Esse jogo é um dos primeiros grandes sucessos da Rare, e apesar de um jogo bem polido, ele é infame por sua dificuldade.
Acontece que na terceira fase, criaram um desafio que não é de reflexos, mas sim de memorização.
Os obstáculos vem tão rápido na tela que você não tem como desviar se não souber deles previamente, o que gera uma enorme frustração.
Esse é um estudo de caso do que em Game Design acabou se chamando “telegrafia”, que é respeitar o tempo entre sinalizar um obstáculo para o jogador, e jogar o obstáculo na cara dele.
Mas para os jogadores que toparem o desafio de memorizar os desafios em algumas fases, vai encontrar um Beat’em Up bem diverso.
Startropics
Existe todo um gênero chamado Zelda-likes, e StarTropics é um belo exemplo dele.
Com uma experiência mais linear, e um gameplay focado em movimento por tiles (ao invés de pixel a pixel), esse jogo envelheceu muito bem.
Outra coisa que o jogo faz bem é simplificar a interface, criando um sistema de itens extremamente minimalista, mas eficaz.
É um jogo bem charmoso, com vários Easter Eggs, e com um game design muito bem amarrado!
Prince of Persia
Prince of Persia foi um importante jogo de PC, que acabou criando seu próprio gênero: jogos cinematográficos.
É um puzzle platformer, com diversos fãs apaixonados.
Esses fãs falam que a versão de NES é um port meio ruim, pois a jogabilidade fica comprometida e meio imprecisa, mas ainda sim vale a pena conhecer!
Final Fantasy 3
A série Final Fantasy dispensa apresentações. Apesar de ser um gênero de nicho, Final Fantasy 7 foi um dos primeiros grandes esforços internacionais de marketing no mundo dos games, e a série é carro chefe da SquareEnix até hoje.
Para o NES temos os 3 primeiros Final Fantasy. O primeiro é talvez o mais revisitado, pois no começo do jogo você escolhe 4 profissões diferentes, então o jogo é bem legal de fazer um replay com um time diferente e maluco.
O grande problema do primeiro jogo, é que você tem que planejar bem todos seus movimentos, pois senão, seus personagens vão ficar atacando o vento, literalmente.
Já o segundo jogo da série, é um dos mais infames. Eles tentaram inovar com um sistema aonde o personagem melhora seus parâmetros ao usar eles.
Até aí é bem criativo, mas os jogadores logo descobrem que o jeito mais eficiente de ficar forte é ficar se batendo nas batalhas, e acabam otimizando demais e se divertindo de menos.
Já o terceiro jogo é sólido. Tem um sistema de classes que lembra o FF5, mas mais simples. Também não tentou inventar muita moda, logo não teve espaço pra errar e acabou envelhecendo bem.
Castlevania 3
Castlevania é uma série com muitos fãs apaixonados.
Assim como Final Fantasy, a série teve um primeiro jogo de muito sucesso, uma sequência que inventou moda e acabou desagradando, e um terceiro jogo que voltou as origens e trouxe uma experiência mais polida.
Para entender Castlevania, você tem que entender que eles são jogos metódicos. Você tem que planejar seus movimentos, mais do que apenas reagir rapidamente.
Antes da série se focar mais em exploração após o famoso Symphony of the Night, esses jogos mais antigos hoje são chamados de “Classicvanias”, e são experiências lineares desafiadoras e recompensadoras.
Shatterhand
Shatterhand é mais polido que muitos dos clássicos dessa lista, mas mesmo assim não ficou tão famoso.
É um Arcade comum com uma dificuldade justa. A seleção de cenários lembra muito Megaman.
O destaque aqui vai para itens que você pega durante a fase, que quando você junta 3, dependendo da mistura que você fizer, surgem poderes novos para você.
Outra coisa são pequenas lojas no meio das fases para comprar upgrades ou recuperar vida. É um joguinho bem avançado pra época.
Crystalis
Crystalis é um dos primeiros Zelda-likes: Action RPG em Top-view, sempre comparados à Zelda.
É um título sólido e muitas vezes muito bonito, mas o Game Design e sua interface não envelheceram tão bem assim.
Existem muitos itens diferentes, magias não óbvias e equipamentos diversos, além de uma história bem desenvolvida para a época.
Kirby’s Adventure
O segundo jogo do Kirby, sendo o primeiro o Kirby’s Dream Land para Game Boy.
Tendo sido lançado em 93, bem tarde na vida do NES, esse é um dos jogos mais polidos de sua biblioteca, pois a essa altura os programadores já estavam acostumado à arquitetura do console!
O criador é o responsável pela série Smash Bros, e desde sempre é conhecido por criar jogos responsivos e com jogabilidade diversificada.
Mesmo assim, todos os jogos do Kirby são fáceis e uma boa porta de entrada para pessoas que não jogam muito videogame. Eesse jogo, apesar de um dos mais simples da série, não deixa nada a desejar.
Ninja Gaiden
Um dos melhores jogos estilo Arcade do console. Ninja Gaiden é simples, mas implacável.
Os inimigos morrem com um simples ataque, então você sai por aí pulando e cortando tudo que aparece na sua frente. Além disso, existem vários itens especiais interessantes de se usar.
Mas, para compensar isso tudo, lá para o final o game joga montes e montes de inimigos para cima de você, em lugares sacanas para te roubar vidas.
Outro ponto interessante desse jogo é que ele foi um dos primeiros jogos de ação a dar uma grande importância a “cutscenes”. Contando um pouco de história no fim de cada estágio, em simples porém belas animações de 8-bits.
Top 10
Apesar de ser casa de diversos clássicos, é difícil realmente ficar engajado por muito tempo com jogos 8 bits. Ainda mais jogos de NES, que na minha opinião tem uma paleta de cores horrorosa.
Muita gente vai ficar brava de eu ter deixado de fora do Top 10 grandes clássicos como Castlevania 3 ou Final Fantasy 3, mas eu realmente não consegui jogar eles por muito tempo.
Já outros clássicos como Metroid e Mother eu nem incluí na lista. Crime grave para alguns, mas não me diverti nem um pouco com eles (e olha que zerei Earthbound).
De qualquer forma, aqui vai o Top 10, todos jogos que realmente tiraram algumas horas de mim e que eu recomendo de verdade, não apenas como curiosidades.
10) River City Ransom
River City Ransom é um jogo que eu queria ter crescido jogando.
Um Beat’em Up Co-op responsivo, com pitadas de RPG, com mapas gigantes e dinheiro para gastar em lojas de itens.
Apesar dos controles simples, você consegue fazer muitas coisas com o personagem, e geralmente se sente totalmente no controle dele.
Em relação a escopo, esse jogo é um dos mais ousados do NES, e entrega!
9) Dragon Warrior
Esse é o avô dos jRPGs.
O jogo estourou no Japão, e inspirou a criação de Final Fantasy.
Um grande desafio em jRPGs é acertar o ritmo de batalhas, para não ficar entediante.
Dragon Quest acerta aqui em realmente simplificar esse aspecto do jogo. Você joga sozinho, sem equipe, contra monstros em batalhas de x1.
O jogo não é sobre estratégia, mas sobre grindind, e aí que está a grande jogada!
Grindind pode sim ser divertido, se for balanceado na medida certa com novidades no jogo, como equipamentes, história, novas áreas e novos monstros.
Ainda mais se esses monstros forem representações fiéis da arte de Akira Toryama, criador de Dragon Ball e um dos designers mais icônicos da modernidade.
8) Contra
Jogar um co-opzinho de Contra é uma experiência essencial do NES.
É um shoot’em up dos mais clássicos que existe, e influenciou demais os jogos desse gênero.
O jogo é bem desafiador, porque qualquer coisa te tira uma vida e te faz perder os upgrades de tiros.
Mas os tiros dos inimigos até que vem numa velocidade baixa para cima de você, então fica a sensação de que quando você morre, é por culpa sua. Apesar do jogo lotar a tela de inimigos e a bala comendo solta.
Depois de perder algumas vidas na primeira fase, você resolve se concentrar, mata o chefe e BLAM, a fase 2 já muda a perspectiva e vira um jogo semi-3D.
7) Little Samson
Para mim, Little Samson é a grande “jóia escondida” do NES.
O gameplay é ótimo, e o jogo é fácil e te prende até o fim.
É um platformer, e seu diferencial é que você pode controlar quatro personagens diferentes: um humano, um golem, um dragão e um rato.
Cada um tem suas habilidades especiais, e você deve trocar entre eles para vencer os desafios. Porém, o jogo em geral não te obriga a usar um personagem específico, então fica bem a critério do jogador como ele decide passar pelos obstáculos.
6) Pirates
Jogo fenomenal do Sid Meier, mesmo criador de Civilization e Railroad Tycoon.
É um simulador de pirataria, completo com batalha naval, pilhagem de navios e vilarejos, guerras entre nações e casamento com filhas de governadores.
Sid Meier é bom de polir seus jogos, então apesar das opções serem muitas, aprender a jogar o jogo não é tão difícil assim e tudo é muito intuitivo. Perdi uma boa semana ou duas com esse jogo.
(Dica: evite batalhas navais e vá direto para confronto direto contra o outro capitão, assim você rouba os navios sem danificá-los)
5) Megaman 2
Em 1987, a Capcom inventou uma fórmula chamada Megaman, e replicou essa mesma fórmula à exaustão, para a alegria de fãs de bons jogos de ação.
A fórmula é mais ou menos assim: 8 chefes diferentes que podem ser desafiados em qualquer ordem, 8 poderes diferentes para o Megaman. Uma fase em que você precisa vencer os 8 chefes em sequência, e um Grand Finale com o vilão de sempre.
O que vai fazer você preferir um Megaman ao outro são os poderes e as fases mais polidas, ou os chefes mais desafiadores sem ser sacanas. Tirando que para o NES, alguns jogos usam o Rush, o cachorro vermelho do Megaman, para dar alguns poderes especiais para ele, como formas de pular mais alto ou até voar.
Eu vou escolher o 2 como meu preferido por um motivo em específico: trilha sonora. É a melhor dos jogos, e sobrevive até hoje por ser muito utilizada em memes ainda. Além disso, o resto do jogo é bem amarrado como um todo.
4) Zelda II: The Adventure of Link
Zelda 2 é o único jogo da série que é um side scroller com elementos de RPG.
Por isso ele é uma ovelha negra, e infame na internet, além de ser chamado de difícil.
Mas não se enganem, papai Miyamoto produziu esse aqui de perto e a jogabilidade é impecável, mas admito que ela demora para “clicar”. Eu tentei jogar esse jogo umas 2 ou 3 vezes antes disso acontecer, e eu realmente viciar nele.
Você não vai conseguir progredir se ficar muito na defensiva tentando “ler” os inimigos, nem se for pra cima com tudo sem pensar no que está fazendo. Para progredir, você tem que entrar num estado de flow, e realmente travar batalhas de reflexos com os oponentes, é um dos poucos jogos que realmente consegue fazer isso.
3) Super Mario Bros
A Nintendo já havia se destacado antes com seus jogos de qualidade, mas foi em 1985, com Super Mario Bros que ela realmente mostrou ao mundo a que veio.
Na época, jogos de plataforma eram simples e a câmera era fixa, por conta das limitações de hardware. Mas o próprio NES foi pensado para permitir jogos que fizessem esse “rolamento” da tela.
Super Mario Bros então é o primeiro jogo que realmente brinca com a inércia de um personagem. É um jogo em que 90% do tempo você só corre e pula (se tiver sorte vai ter uma Flor para atirar bolas de fogo, mas isso é raro pro fim do jogo).
Tendo esse conceito em mente, Miyamoto criou uma obra prima que envelheceu bem demais, e definiu o gênero “platformer”.
Experiência obrigatória para qualquer gamer que se preze.
2) Mario 3
Em Super Mario Bros, a Nintendo ainda estava “abrindo a mata no facão”.
Aqui, eles já estavam estabelecidos e seguros. Então, em 1988, a Nintendo pega a fórmula de sucesso do Mario original, e extendeu ela o quanto pode.
O grande destaque aqui é pra roupa de Tanooki, que permite com que o Mario voe.
Outra mudança é que aqui o Mario não está mais tão pesado, e preso a à própria inércia. Aqui os controles são bem leves e mais fáceis pra um iniciante.
Tirando isso, o jogo é lotado de “coisas”.
Inimigos que só aparecem em uma única fase, roupas especiais que só aparecem em uma fase. Até mesmo alguns objetos de cenário são utilizados apenas uma vez.
Além de segredos para todos os lados e uma grande variedade de roupas e inimigos comuns.
Tudo isso torna Super Mario Bros 3 um jogo único, cheio de alma.
Seu único defeito é que é um jogo enorme e na versão de NES não existe um jeito de salvar o jogo, o que é consertado na versão para SNES.
1) The Legend of Zelda
A Nintendo abalou a indústria de Video Games com o lançamento recente de Breath of the Wild.
A inspiração desse jogo? Voltar as origens, e à filosofia de mundo aberto do Legend of Zelda original.
O meu primeiro Zelda foi o de Super Nintendo, e ele já estava afogado na fórmula linear que ia persistir até o Skyward Sword, por 20 anos de série.
Mas, depois de 25 anos ignorando, eu resolvi dar uma chance pra esse primeiro jogo, e qual não foi a minha surpresa ao descobrir que ele realmente é diferenciado.
Miyamoto conta sobre a inspiração do jogo, que foi uma experiência sua enquanto criança, quando ele estava explorando uma floresta e encontrou sem querer uma caverna.
O jogo realmente é sobre isso. Exploração e aventura.
Você pode encontrar dungeons fora de ordem, e elas serem até mais difíceis do que o recomendado para o estágio que você está no jogo. Mas nenhum chefe precisa de um item especial para matá-lo. Você vai estar sempre equipado com a sua clássica espada, arco e bombas, e o uso inteligente delas vai te levar bem longe.
Como o jogo é bem simples, são os detalhes que tornam ele especial. Puzzles que realmente te fazem pensar fora da caixa, e salas que vão ficando mais difíceis por causa do posicionamento dos inimigos e um level design bem amarrado.
Sem querer fazer gatekeeping, mas The Legend of Zelda também é uma experiência obrigatória para qualquer gamer, principalmente para aqueles interessados em GameDev, para ver como é possível fazer muito com pouco!
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