Os 20 Melhores Jogos do Game Boy

Paulo Franqueira
10 min readAug 6, 2021

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O Game Boy foi o primeiro portátil da Nintendo, lançado em 1989, sendo berço de diversas franquias de sucesso, como Kirby e Pokémon.

Na época ele chegou a competir com o Game Gear, da Sega, que já era capaz de mostrar cores na tela, mas para isso precisava de bem mais pilhas, e acabou perdendo relevância por causa disso.

Quanto ao Game Boy em si, ele era um laboratório de inovação. Os estúdios já tinham aprendido lições importantes de game design nos anos 80, então os jogos aqui já vão estar bem estruturados.

E, como as limitações dão gás pra criatividade, os desenvolvedores tiveram que se virar para criar direções de arte limpas para os jogos apenas com 4 cores, que era o que o console disponibilizava.

O som também não deixa muito a desejar, as chiptunes do Game Boy não agridem tanto os ouvidos como as musiquinhas enjoativas do NES ou do Master System.

Sem mais delongas, vamos aos 20 melhores jogos do Game Boy (não contando ainda o Game Boy Color, ainda vou falar só dele)

James Bond 007

James Bond 007 é um Action RPG competente e minimalista.

Você tem dois botões, A e B, e pode configurar eles para qualquer ação.

No começo, essas ações são simples: “atacar” e “bloquear”.

Mas logo você vai ganhando armas de fogo, coletes à prova de balas, além de vários itens para resolver puzzles.

O legal é que qualquer objeto do cenário pode esconder um segredo, e a velocidade do personagem é boa, então dá vontade de explorar cada canto do jogo.

Adventure Island 2

Adventure Island 2 é baseado no Arcade original de Wonderboy.

O jogo é simples, e funciona no Game Boy, apenas com os botões de correr e pular.

O botão de correr também pode usar armas, e nesse jogo existe toda uma variedade de montarias em dinossauros, que realmente eleva a fórmula desse Arcade a um novo patamar.

Alleyway

Uma tentativa da Nintendo na fórmula de Breakout.

Não tinha muito como errar aqui, mas o jogo é bem polido, a física é fluída e intuitiva.

As fases são bem variadas, e as vezes tem até fases bônus. Graças a isso, o jogo ganha uma maior longevidade.

Castlevania 2

Pra quem é fã da fórmula dos Classicvanias, não tem motivo pra ignorar esse aqui.

Graças ao seu gameplay lento e metódico, Castlevania combinou com o Game Boy.

O primeiro jogo não envelheceu tão bem, mas nesse segundo jogo a experiência já está bem polida.

Trilha Sonora e efeitos sonoros não deixam a desejar também.

Tetris

Tetris é um clássico, maior puzzle da União Soviética.

Ele está presente, de uma forma ou de outra, em quase todos os consoles e PCs.

Mas essa versão merece destaque, pois o jogo foi vendido num pack promocional junto com o próprio Game Boy, logo em seu lançamento.

O motivo era pra expandir o nicho dos jogadores de video-game, pois Tetris estava ficando famoso por viciar até mesmo “adultos sérios”, como advogados e contadores.

Final Fantasy Adventure

Esse jogo é na verdade o primeiro na série “of Mana, ou um protótipo de Secret of Mana para SNES.

A série foi pensada como um braço de Action RPG para a Square, para acompanhar a série Final Fantasy.

Aqui temos várias armas diferentes, ajudantes com uma IA simples, e elementos de RPG como lojas e parâmetros que você decide como evoluir.

Pra mim, essa fórmula só ficou robusta no Seiken Densetsu 3, mas esse jogo aqui acerta mais do que erra e é uma boa curiosidade.

Gargoyle’s Quest

Outra série que nasceu no Game Boy.

Os criadores de Ghouls’n Ghosts queriam testar novos estilos de gameplay, além de tentar criar algo com o antagonista do jogo, Firebrand, um demônio.

Nesse jogo eles misturam fases de ação com um mapa de RPG, com NPCs, itens e missões.

Esses elementos de RPG só atrasam o jogo. A parte boa está na ação, por exemplo a mecânica em que você pode voar por um curto período de tempo.

O jogo é bem desafiador, assim como os jogos da Capcom costumam ser.

Bubble Ghost

Um puzzle diferentão que eu quase esqueci de botar nessa lista.

Você controla um fantasminha, sua única ação é assoprar (além de voar por aí atravessando qualquer parede).

Seu objetivo é causar movimento em uma bolha de sabão, pra que ela chegue até o outro lado da tela, sem encostar em nenhum dos obstáculos.

Além de ser um gameplay nada convencional, lembro de perder boas horas com ele quando criança, então vale a menção aqui.

Kirby’s Dream Land 2

O nascimento do Kirby foi no Game Boy, no jogo Kirby’s Dream Land.

Só que nesse jogo, Kirby ainda não tinha sua habilidade mais famosa: copiar habilidades. Ele conta apenas com suas habilidades de voar e cuspir objetos.

O jogo foi feito pra empurrar um mascote fofo que o Sakurai acreditava que ia colar, e um gameplay fácil em contraste aos jogos difíceis da época da Nintendo.

Em Dream Land 2, você já tem a habilidade de copiar, então é um jogo mais completo, um platformer simples e polido para o Game Boy.

Metroid 2

O primeiro Metroid, pra NES, é meio sofrível. Gameplay e gráficos travadões.

Nesse segundo jogo a coisa já melhora, aqui você já tem um gameplay bem próximo do que viria a se tornar o Super Metroid.

Mas longe de ser apenas um protótipo de Super Metroid, esse jogo tem uma identidade própria, com habilidades exclusivas para Samus e um objetivo mais linear: matar 38 Metroids espalhados por aí.

Megaman 5

Os jogos de Megaman para Game Boy não são simplesmente ports das versões para NES, se aproximam mais de remixes.

Misturando elementos de gameplay e chefes de diferentes jogos, e criando um jogo totalmente novo, com level design pensado pra tela do Game Boy.

Todos jogos bem polidos, mas o quinto merece destaque, por ser o mais original.

Nele, ao invés da Mega Buster, você usa um soco retrátil. Além disso, pode juntar dinheiro nas fases para usar em uma loja de itens com o Dr. Light.

Se você gosta de Megaman, esse é um bom jogo pra conhecer.

Super Mario Land 2

Um platformer completamente competente no Game Boy.

Com uma física mais lenta, pra balancear com a tela pequena, e alguns power-ups que te permitem planar sem muitas consequências, o jogo não é um grande desafio.

Diferente do seu antecessor, que já é um platformer bem rudimentar e desafiador, mas que também é interessante de conhecer. Se não for pelo gameplay, pelo menos pela música.

Tennis

Um clássico e polido jogo de Tênis que também me roubou muitas horas quando criança.

O gameplay aqui está mais polido do que em outros jogos de esportes da época, e a física dos objetos é bem programada.

O oponente é bem desafiador, e as vezes você vai desejar que o seu personagem fosse um pouco mais rápido. Mas mesmo assim é um jogo que envelheceu bem.

King of Fighters 95

De todos os ports de jogos de luta para o Game Boy, o único que envelheceu bem é The King of Fighters 95.

O jogo simplesmente funciona, com bons gráficos e um gameplay polido, o que não pode se dizer de Street Fighter ou Mortal Kombat para Game Boy.

Eu não sou grande conhecedor da série KoF para falar se o jogo entrega uma boa experiência, mas os fãs da série dizem que esse joguinho é surpreendente.

Wario Land

Com o subtítulo de Super Mario Land 3, esse é o primeiro jogo de toda uma série com o Wario como protagonista.

Nesses jogos, o foco costuma ser acumular moedas, descobrir segredos e fazer backtracking, mais do que em um platformer puro como o Mario.

Não é nada revolucionário, mas a série tem muitos fãs de carteirinha e aqui temos o nascimento dela.

Top 5

5) Donkey Kong

Donkey Kong, o Arcade original, é um joguinho meio ruim. Historicamente importante, mas meio ruim.

Já esse “remake” pega a fórmula, turbina ela completamente e se torna então uma das experiências essenciais do Game Boy.

Um puzzle platformer, bem voltado pra ação. Aqui, Mario vai ter pela primeira vez vários movimentos ousados, como andar de bananeira, ou dar mortal de costas.

As primeiras 3 fases do jogo imitam as fases clássicas do Arcade, e depois o jogo se transforma em algo diferente e único.

4) Tail Gator

Um ótimo platformer para o Game Boy.

Ele é completamente refinado para o portátil: o level design é simples, a gravidade e inércia dos movimentos é baixa, seu ataque tem um longo alcance.

Ou seja, a movimentação é fácil, já que a tela é pequena. E o jogo é trabalhado em cima disso, com uma ótima curva de aprendizagem, antes do jogo começar a ficar difícil.

Quando eu era criança, era um dos meus preferidos de todo o Game Boy.

3) Catrap

Catrap é o melhor Puzzle do Game Boy.

É um puzzle-platformer com movimento em tiles, usando conceitos como gravidade, passabilidade, escadas e plataformas.

Só usando esses simples elementos, Catrap faz magia.

Você vai encontrar no jogo várias “Quality of Life Features”, como a opção de voltar no tempo durante o jogo para refazer erros, e até um completo editor de fases com compartilhamento de passwords.

Tirando isso, o jogo também acerta no que hoje chamamos de “Game Juice”. Apenas o ato de derrotar um inimigo, empurrar uma pedra, ou vencer uma fase, é gostosa. Pois é temperada com boas animações e efeitos sonoros.

Jogo obrigatório de conhecer!

2) Link’s Awakening

Esse jogo figura em altas posições nas listas de “melhores Zeldas de todos os tempos”, e eu tenho que dizer que o hype não é à toa.

Link’s Awakening entrega!

O jogo se passa num mundo de sonhos, onde várias convenções são quebradas e tudo é possível.

Você vai encontrar aqui, por exemplo, diversos inimigos do Mario, e inclusive seções de plataforma 2D.

Além disso, o jogo é muito bem implementado, e tem inclusive uma mecânica de pulo que funciona muito bem.

O jogo é simplesmente memorável, e é o Zelda preferido de muitos, por ser simples e bom. (Tanto que recebeu um remake moderno)

1) Pokemon Red

Pokémon não foi simplesmente um grande jogo, mas sim todo um fenômeno cultural pra encerrar os anos 90.

De desenho animado nos principais horários, até brindes vindos no Guaraná, a Pokémania foi completa.

Inclusive essa primeira geração acaba sendo a mais icônica, sendo revisitada ao lançarem novos jogos de sucesso, como Pokémon Stadium ou Pokémon Go, sempre revivendo os designs dos primeiros 150 Pokémons.

Quanto ao jogo em si, é inexplicável seu charme, mesmo a gente vendo que não envelheceu tão bem aqui ou ali.

Por um lado, temos aqui gráficos ainda bem feios para os monstros, além do jogo ser inundado de bugs. (Essas coisas melhoram na versão Yellow)

Por outro lado, só nessa versão você realmente vai poder fazer uma das escolhas mais importantes da carreira gamer: “Charmander, Bulbassauro ou Squirtle”? Além de poder fazer o famoso bug do Missigno, e quebrar o jogo todo à seu favor.

As composições em chiptune são ótimas, e a trilha sonora é até hoje repetida em memes à exaustão. Só para a música de Lavender Town existe toda uma subcultura só pra ela.

Pokémon Red é tão icônico quanto um jogo pode ser.

E ele é bem melhor que as versões Blue e Green, pois tem o Charizard na capa. Afinal, ele é o melhor starter, pois ele é um dragão maneiro, diferentes dos outros dois que são uns sapos gordos.

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Quer conhecer meu jogo, que foi totalmente inspirado na biblioteca do Super Nintendo? Acesse aqui!

Tropicalia — a Brazilian Game, o primeiro bRPG

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Written by Paulo Franqueira

Creator of Tropicalia: a Brazilian Game #gamedev

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