Os 52 jogos Essenciais do Super Nintendo

Paulo Franqueira
22 min readMar 26, 2021
Trilha sonora recomendada para a leitura

Vou escrever esse texto pra dois tipos de leitores:

Primeiro para o leitor millennial, como eu, que teve a sorte de viver essa fase de ouro dos videogames, e quer ver quais jogos me inspiraram na criação de Tropicalia.

O outro tipo de leitor já é uma pessoa mais nova, da geração Z, que já nasceu na era Playstation, e que não pegou o auge da era dos jogos 2D.

Eu digo auge e dou o contexto: Antes do Super Nintendo, os consoles não tinham processamento suficiente para criar mecânicas ousadas, e a indústria ainda era muito viciada no estilo “Arcade”, com número de vidas limitadas e uma dificuldade alta, para roubar suas fichas. Mas esse design não faz muito sentido para consoles caseiros.

E após a era 16-bits, veio a fase de experimentação com o 3D, e demorou para que a indústria se acostumasse com as novas possibilidades. Tanto que os primeiros controles de PS1 e N64 não tinham dois analógicos, e a maioria dos jogos usava os chamados “tank controls”.

Mas entre essas duas épocas de experimentação, existiu um videogame. Esse videogame tinha poder de processamento para jogos 2D ousados; as desenvolvedoras já tinham aprendido a diferença de Design entre Arcades e Consoles, e ainda por cima esse videogame teve a $orte de ter em sua biblioteca os maiores exclusivos da geração, enquanto várias desenvolvedoras estavam em seu pico criativo.

É claro, meus amigos, que eu estou falando do lendário Super Nintendo!

*lambe a tela*

Eu passei minha infância e adolescência inteira navegando na biblioteca desse videogame, e nesse artigo eu trago a minha curadoria e os 52 jogos essenciais do Super Nintendo que você precisa jogar.

No começo eu vou separar por gêneros (sendo que o gênero Ação vai abranger bastante coisa), e no final vou dar meu Top 10.

Prontos?

Platformers

Quando pensamos em jogos 2D, Platformers são os primeiros que vem a mente! Então vamos começar por eles:

Super Metroid

Vou começar com esse que para muitos é o melhor jogo de SNES. É o segundo jogo da série, mas o mais marcante (pelo menos entre os 2D) e o jogo que realmente definiu o gênero “metroidvania.

É um jogo de ação e exploração, e são poucas as pessoas que realmente descobrem todos os segredos do jogo (como detalhes de gameplay que permitem você quebrar a sequencia do jogo, se for um jogador avançado).

Super Mario All-Stars

Se você nunca zerou o Super Mario Bros original, eu revogo aqui sua carteirinha de gamer (sim, aqui tem gate-keeping).

Super Mario All Stars é a coletânea de remakes da série Super Mario do NES, famoso Nintendinho.

O personagem Mario dispensa apresentações, mas aqui você vai encontrar os jogos que definiram o gênero side-scroller. Jogos que envelheceram super bem, com gameplay fluído até para os padrões de hoje.

Kirby Super Star

O criador do Kirby é o mesmo da série Smash Bros, e ele é conhecido por criar gameplays fluídas, e esse jogo é prova disso.

É uma boa pedida para jogar em co-op junto com alguém que está aprendendo a jogar videogames, pois os jogos de Kirby são bem fáceis.

Você pode roubar as habilidades de vários inimigos diferentes, e cada habilidade muda totalmente o modo com que os personagens são controlados.

Jogos da Disney (Rei Leão, Alladin, Magical Quest 3)

Nessa época, os maiores blockbusters da Disney foram Alladin e Rei Leão, e seus jogos para Super Nintendo são lendários.

Outra boa pedida é o jogo Magical Quest 3, com Mickey e Donald. Um co-op do mais alto nível, onde a cada fase o jogador ganha uma nova roupa e habilidade especial, e essas habilidades mudam dependendo do personagem, adicionando muita variabilidade no jogo.

Demon’s Crest

Um jogo com pixelart linda e gameplay bem polido. O diferencial desse jogo é que você pode planar com suas asas.

O jogo tem um pouco de metroidvania, você precisa explorar todos os cantos, para liberar novas transformações e magias.

E apenas descobrindo todos os segredos que você consegue enfrentar o verdadeiro chefão (e bem desafiador, diga-se de passagem).

Super Adventure Island 2

Esse é um dos meus favoritos. Essa série derivou da série Wonder Boy.

É um jogo de plataforma com uma pitada de RPG, também com elementos de metroidvania, pois você pode voltar a fases antigas com novas habilidades para descobrir segredos e novos equipamentos.

Ótimos gráficos e muito conteúdo!

Joe and Mac 2: Lost in the Tropics

Um ótimo co-op focado em ação.

Um jogo bem desafiador, onde as vidas escorrem pelos dedos, então é bom jogar focado, e se preparar para alguns Game Overs antes de conhecer melhor cada fase.

Um detalhe legal é que você pode casar, e usar o dinheiro do jogo pra mobiliar sua casa.

Super Ghouls and Ghosts

Um jogo totalmente Arcade, e extremamente difícil. Qualquer erro e você perde uma vida.

O segredo é aprender a controlar o pulo duplo do personagem, pois ele não consegue mudar a trajetória no meio do ar. Ou seja, cada pulo é um compromisso.

É o tipo de jogo que ri da sua cara por anos e anos, mas você nunca consegue zerar sem savestates (quem zerou mentiu).

Quem sabe um dia…

Tiny Toon Adventures: Buster Busts Loose

Outro favorito meu.

Talvez o tema de Tiny Toons não te desperte muito interesse, mas as mecânicas desse jogo são bem fluídas, e cada nova fase apresenta desafios bem variados e criativos.

A aventura se passa num set de filmagens, então você passa pelo faroeste, pelo castelo do Drácula e até o espaço.

Rockman & Forte

O segundo melhor jogo de Megaman para Super Nintendo.

Nele, você pode jogar com o Bass, que apresenta pulo duplo e tiro de metralhadora, renovando o gameplay de Megaman.

Nesse jogo você também pode coletar dinheiro para comprar itens, além de encontrar diversos CDs secretos nas fases com conteúdo adicional, que são coisas que a gente não costuma ver na série Megaman.

EVO: Search for Eden

Um jogo completamente único e que vale a pena você conhecer.

O diferencial dele é que você consegue pontos matando inimigos, e gasta esses pontos para escolher certas evoluções para o seu personagem.

No início do jogo você é um peixe, então essas melhorias são nadadeiras maiores ou um nariz de peixe espada.

Depois você vira um bicho terrestre, aí você pode gastar pontos para ganhar presas, asas, ou quem sabe um pescoção!

RPG

O Super Nintendo é famoso pelos seus RPGs, então eu não poderia deixar de separar uma seção só para eles.

Lufia 2

Simplesmente um dos melhores jRPGs já criados. Se você gosta do gênero e não conhece esse jogo, pode ir de olhos fechados.

Além do gameplay refinado, o jogo contém ótimos gráficos e puzzles fora de série.

O jogo tem um sistema de pets, que você pode alimentar com equipamentos velhos para evoluí-los. Esse sistema tem uma sinergia ótima com o jogo.

Outro destaque é uma dungeon opcional, onde você perde todos os equipamentos e encara uma caverna de 99 andares. Na prática, é como se fosse todo um jogo rogue-like à parte do jogo principal.

Tactics Ogre: Let Us Cling Together

A equipe que criou esse jogo foi chamada pela Square para criar Final Fantasy Tactics. Engraçado que no Tactics eu nunca viciei, mas esse aqui eu caí de cabeça (talvez pela possibilidade de dar Fast Foward nos emuladores).

Os gráficos desse jogo são impressionantes, a história é uma intriga política séria, sem lado certo ou errado.

É um jogo bem difícil e se você não souber o que está fazendo, e não antecipar a movimentação dos seus inimigos, você não chega longe.

Earthbound

Um RPG clássico, que o diferencial é que ao invés de você controlar um cavaleiro, você controla um menino americano, que ataca com um taco de beisebol e se recupera com hambúrguer e pizza.

Por ser tão diferente, é um jogo que influenciou muito a indústria (como o hit Undertale).

O gameplay não é muito inovador, mas a atmosfera do jogo e o roteiro, cheio de piadas com a cultura ocidental, te prende na aventura até o fim.

Breath of Fire

Esse jogo é a primeira tentativa da Capcom de criar um RPG. Por causa disso, é bem arcaico e difícil de recomendar.

Porém, graças a uma ROM traduzida pra português, ele foi meu primeiro RPG e tem espaço reservado no meu coração por causa disso.

O gameplay é extremamente simples, mas a Capcom consegue encher o jogo de charme com seus ótimos gráficos e músicas.

O jogo tem uma continuação pra SNES, que peca um pouco na alta frequência das batalhas, mas que entrega uma das histórias mais dramáticas dos RPGs.

A série também tem dois jogos pra PS1 que valem muito a pena conhecer.

Live a Live

Uma obra prima da Square que não saiu no ocidente, mas que tem traduções na net.

O diferencial desse jogo é jogar em diferentes capítulos que se passam em diferentes eras, como pré-história, faroeste, Japão feudal ou futuro distópico.

Em relação ao gameplay, é importante controlar a arena e o posicionamento dos personagens, mas não chega a ser um Tactics. É uma sistema bem único.

Meu capítulo favorito, por exemplo, é um que se passa dentro de uma nave espacial, e que não tem lutas, apenas história (baseada no filme Alien).

Secret of Mana

Esse jogo é a primeira tentativa da Square em criar um Action RPG, e por conta disso, o gameplay é meio impreciso, mas é um ótimo jogo.

O que se destaca aqui é que esse jogo se aproxima muito de ser uma obra de arte. Os gráficos e músicas parecem que saíram de um sonho (só experimentando para entender). É o único jogo que eu conheço que as artes conceituais foram feitas inspiradas na técnica do pontilhismo, por exemplo.

Importante falar da continuação desse jogo, exclusiva do Japão: Seiken Densetsu 3. Nele o gameplay já está mais refinado, mas Secret of Mana ainda tem mais charme e me prende mais.

Tales of Phantasia

A ideia desse jogo é ótima, um RPG onde a batalha se passa numa cena em side-scroll.

A execução dele que não é tão boa assim. A sua equipe fica de canto, te dando suporte (controlada pela IA) enquanto você vai pra cima dos inimigos. Porém, mesmo com diversas habilidades diferentes, você vai acabar sempre usando as mesmas habilidades nas batalhas, tornando o jogo meio repetitivo.

Porém, fora isso o jogo apresenta MUITO conteúdo, incluindo ótimos gráficos e história.

Ação

Para ser sucinto, vou juntar nessa seção todos os jogos baseados em reflexos, como jogos de luta ou corrida.

Top Gear 2

Eu não consigo jogar jogos de corrida em 3D, sou ruim e sempre capoto. Mas em Top Gear 2 eu me dou bem.

O gameplay é muito refinado. É o jogo 2D que mais me da a sensação de velocidade.

O modo de 2 jogadores é ótimo, e ir tunando seu carro entre as corridas é uma experiência muito boa.

Ultimate Mortal Kombat 3

No cenário competitivo, Mortal Kombat é meio mal visto, pois todos os personagens se movem do mesmo jeito, só mudando alguns poderes.

Mas para um jogo casual, para jogar com os amigos que não são pró-players de jogos de luta, nenhum é mais divertido, justamente pelo fato de todos personagens serem bem parecidos. A barreira de entrada é bem menor.

Já me diverti muito mais com Mortal Kombat do que com Street Fighter ou KOF.

TMNT: Turtles in Time

Um dos jogos de Arcade mais amado do SNES.

A jogabilidade é ótima, com vários golpes diferentes, que você vai precisar dominar para zerar o jogo, ou levar uma surra.

Jogar com um amigo em co-op é diversão garantida, e a dificuldade é na medida certa.

Super Mario Kart

Outro jogo que criou um gênero, os de corrida de kart: mais focados numa experiência casual e uso de itens contra outros competidores.

A série Mario Kart foi se inovando e melhorando, então essa versão para SNES, apesar de ter envelhecido bem, não se compara com versões mais modernas como Double Dash ou MK8.

The King of Dragons

Um dos meus Arcades favoritos. Poucos jogos tem mais cara de fantasia medieval do que esse.

Escolha entre um cavaleiro, um paladino, um mago, um anão ou um elfo e lute contra todo tipo de criatura de RPGs que você conhece.

Apesar dos comandos simples, o jogo é difícil mas justo. Quando você morre você sente que a culpa foi sua, e não sacanagem do jogo pra roubar suas vidas.

The Twisted Tales of Spike McFang

Um ótimo jogo de ação com pitadas de RPG. Você pode pular, atacar a curta distância com sua capa, ou a longa distância com seu chapéu.

Todo o gameplay é extremamente fluído, e os gráficos são muito charmosos, um dos melhores do SNES.

Vale muito a pena conferir.

Aero Fighters

Apenas mais um shoot-em up como qualquer outro, mas esse parece que fez tudo certo, pois é um favorito da galera.

O gameplay é amarradinho, e o jogo não se leva muito a sério, como por exemplo, um dos últimos chefes possíveis é um macaco no espaço.

Outros Gêneros

Nessa época existia uma experimentação de gêneros absurda, e as desenvolvedoras se deixavam arriscar mais com projetos fora do padrão. Essa seção são para esses jogos.

Harvest Moon

O jogo que inventou o gênero de jogos de fazendinha.

Essa versão envelheceu mal pela falta de uma mochila para guardar itens, você só pode carregar um item por vez nas mãos.

Mas essa limitação também deixa o jogo mais simplista e direto.

Esse é legal para conhecer, e depois jogar o Back to Nature do PS1 para ver como a série evoluiu seu gameplay (e depois estagnou, até ser ultrapassada por Stardew Valley).

Super Bomberman 5

Gastei muitas horas de vida com esse jogo.

É a fórmula de Bomberman evoluída ao seu ápice. Nessa versão você pode montar em coelhos, pegar diversos itens com poderes e cada fase vai ter uma mecânica diferente, que vai mudar toda a sua estratégia.

Junto com mais 3 amigos é diversão garantida.

Actraiser

Aqui temos um jogo único, que mesclou dois gêneros: Ação, e Simulador de cidades.

Quando você está fora de batalha, você controla literalmente Deus, ajudando os seres humanos a construírem cidades e eliminando inimigos como num shoot’em up.

Quando você começa a enjoar do gameplay, surge uma dungeon, aonde o jogo vira um platformer em que você pode usar magias conseguidas ao se jogar o outro modo.

Os dois modos conversam entre si de modo magnífico, vale a pena conhecer. O modo como o jogo vai alternando de gênero te prende de verdade.

Another World

Esse jogo é um platformer cinemático, com gameplay que remete aos primeiros Prince of Persia.

Os gráficos eram únicos para a época, e a atmosfera do jogo é algo que você não vai encontrar igual por aí.

O jogo começa muito bem, mas pro final os puzzles e partes de ação vão ficando meio obtusas demais.

Goof Troop

Outra experiência única. Goof Troop é um jogo de ação em perspectiva top-down com puzzles bem desafiadores.

Melhor aproveitado com 2 jogadores, o jogo é curto mas memorável. E difícil na medida certa.

Destaque pra trilha sonora que tem umas trilhas que vão grudar na sua cabeça.

Wild Guns

Um jogo de Shoot‘em Up em terceira pessoa, que também pode ser jogado em co-op.

Com gameplay variado, esse jogo é ação frenética do começo ao fim.

Os gráficos são lindos, e o destaque aqui vai para os cenários, que interagem com seus tiros e no fim das fases sempre está todo destruído.

Clock Tower

Um dos precursores dos jogos de terror.

A atmosfera nesse jogo acerta em cheio, conseguindo gerar terror e suspense mesmo com gráficos de baixa resolução.

Jogue como uma menina indefesa, presa numa mansão mal assombrada correndo perigo a cada esquina.

Um jogo curto mas muito memorável.

SimCity

SimCity, como o próprio nome já diz, é um Simulador de Cidades.

Novamente, aqui é interessante conhecer como o gênero nasceu, e muitas vezes a simplicidade que traz o charme para o gameplay, já que novas iterações de SimCity vão ficando cada vez mais complexas.

O destaque também está para invocar desastres naturais e até um Bowser gigante para destruir sua cidade.

Tiny Toon Adventures: Wacky Sports Challenge

Outro que perdi muitas horas da minha vida.

O jogo é uma coletânea de mini-games muito bem feitos e desafiadores.

Bom para jogar com um amigo, já que é difícil ser bom em todos os desafios, então uma ajuda é bem vinda para zerar o modo campanha.

Battle Dodgeball — All Super Shots

Hoje em dia, as grandes produtoras só apostam em jogos seguros. Antigamente, jogos de queimada com robôs de Super Sentai tavam valendo.

Esse jogo eu descobri naqueles packs com centenas de ROMS, e viciei.

É um jogo de queimada com toques de RPG, e o gameplay é bem amarrado para o que se propõe.

Pac-Man 2: The New Adventures

Um jogo Point and Click estrelando o Pacman (?).

O diferencial é que você não controla o Pacman em si, mas sim um ajudante que atira com um estilingue para que o personagem preste atenção em alguma coisa.

Porém, se as coisas estiverem dando muito errado para o Pacman, ele vai ficando mal-humorado e começa a te ignorar, e você começa a entrar num relacionamento de amor e ódio com o personagem.

Menções Honrosas

A seguir, vem jogos que eu não me interesso tanto, mas que tem muitos fãs apaixonados, então vou listar os principais aqui porque vai que eles são a sua praia.

Série Dragon Quest

Dragon Quest foi o jogo que inventou o gênero jRPG, no Nintendinho.

A série virou uma franquia de sucesso no Japão, mas não pegou no resto do mundo. A sua marca é não inovar muito no gameplay, sempre entregando jRPGs básicos, mas charmosos (com a arte do artista de DragonBall, Akira Toriyama).

Eu já tentei jogar vários, mas só o primeiro que me prendeu. Nele, você só controla um personagem, e isso torna o gameplay mais rápido.

Para o SNES, o Dragon Quest que fez mais barulho é o 5: Hand of the Heavenly Bride, que virou até um filme, que é bem legal por sinal.

Super Castlevania 4 + Dracula X

Outro jogo que definiu o gênero foi Castlevania: Symphony of the Night, para PS1.

Os jogos anteriores a ele tinham uma pegada mais Arcade, e são chamados de Classicvanias hoje em dia.

Eu nunca gostei muito da série, acho o tipo de ação meio travadona, não me acostumei. Mas a série é muito querida e pode ser do seu gosto.

Metal Warriors

A biblioteca de SNES é um assunto que eu domino. Então no dia que eu tava na faculdade conversando sobre SNES, e todo mundo começou a falar com muita excitação de um jogo que eu nem conhecia, fiquei impactado.

Em Metal Warriors você controla um mecha, que pode planar a atacar de diversas formas.

O jogo é bem legal, mas só conheci depois de velho e nunca me pegou, mas fica aqui a citação dele.

International Superstar Soccer

Outro que eu não cheguei a jogar muito, não sou muito fã de esportes.

Mas a galera é fã demais desse jogo, e até hoje seu lendário personagem Allejo é lembrado com carinho em memes.

Eu acredito que jogos atuais de futebol serão uma experiência melhor para o usuário, mas fica aqui a citação também.

Rock’n Roll Racing

É um jogo de corrida em visão isométrica.

Eu não me acostumei nunca com esse estilo de gameplay, mas muita gente lembra do jogo com muito carinho, especialmente por causa da sua trilha sonora, baseada em músicas licenciadas do Rock Internacional.

Street Fighter 2

Street Fighter 2 é legal, mas eu sou ruim, e é um jogo mais voltado para o cenário competitivo.

Cada personagem se movimenta de forma bem diferente do outro, diferente de Mortal Kombat.

A barreira de entrada é maior por causa disso, você precisa treinar com cada personagem.

Top 10

E agora, senhoras e senhores, apresento a vocês o meu Top 10. Encerrando assim a lista dos 52 jogos essenciais de Super Nintendo. Qualquer jogo que não for incluído agora é porque ele é só mais um, num mar de coisa boa.

10) Donkey Kong Country

Esse jogo foi revolucionário na época, com seus gráficos pseudo-3D.

Olhar uma cena do jogo agora numa tela de LCD não faz jus aos gráficos, pois eles foram pensados para pularem para fora da tela numa TV estilo CRT, das antigas.

O gameplay desse primeiro jogo é considerado meio “escorregadio”, como se os personagens sempre estivessem em cima de gelo, mas o jogo está longe de ser considerado ruim. Ótimas músicas fecham o pacote.

Toda a atmosfera que esse jogo exala tinha um poder de invadir meus sonhos quando eu era criança, literalmente. Era realmente um dos jogos mais diferenciados da época.

9) Terranigma

Terranigma é o terceiro jogo de uma série de Action RPGs criados pela Quintet, e aqui o gameplay está refinado ao extremo.

Você pode correr, pular, deslizar, atacar em qualquer instante, usar magias. Um jogo fino.

Outro acerto desse jogo é a história. Mesmo em outros jogos com uma boa história, a tendência é que você esqueça dos detalhes com o passar do tempo.

Mas a maioria das pessoas que zeram Terranigma ficam marcadas com as reviravoltas que essa história dá. E o jogo tem um final agridoce que fica com você mesmo depois de muito tempo.

Uma experiência única e forte. Recomendadíssimo.

8) Yoshi Island

Miyamoto e sua equipe dando tudo de si para fazer o seu último jogo de plataforma 2D, aproveitando cada gota do que o hardware do Super Nintendo poderia oferecer, e mais um pouco.

Essa é a história de Yoshi Island. O jogo virou uma série, mas o consenso é de que o primeiro foi o melhor de todos.

O foco aqui não é apenas passar as fases, mas explorá-las para encontrar todos os segredos e abrir fases secretas.

Outro ponto alto é a trilha sonora, que tem trilhas ótimas e até hoje é bastante usada em memes.

7) Super Mario RPG

Se você nunca foi muito fã de RPGs, tente dar a esse jogo uma chance.

Seu grande diferencial é que ele apresenta um sistema em que, se você apertar o botão na hora certa da animação, ganha bônus de ataque ou defesa.

Era a primeira vez que o Bowser aparecia com alguma personalidade nos jogos, e jogar com ele era uma novidade muito bem vinda.

Com um dos melhores gráficos do console, trilha sonora ótima, boa jogabilidade até para quem não gosta do gênero, Super Mario RPG é uma ótima pedida.

6) Final Fantasy 5

O grande debate na época do SNES era pra saber qual era o melhor jogo: Final Fantasy 6 ou Chrono Trigger.

Algumas pessoas preferiam o 4, que também tem uma história mais séria, mas meu preferido mesmo é o 5, com sua história boba onde o vilão é o galho de uma árvore.

Aonde o 5 acerta é em seu sistema de Jobs, aonde você pode mudar a classe de seu personagem a qualquer momento, como por exemplo de mago para arqueiro.

Devido a isso, o jogo envelheceu bem demais, pois cada replay é totalmente diferente. Existe um evento online, aonde as pessoas se juntam para jogar anualmente esse jogo, e rola até doações para a caridade!

Você não vê esse tipo de engajamento com jogos antigos todo dia.

5) The Legend of Zelda: a Link to the Past

Zelda é um carro forte da Nintendo, e esse jogo é um que definiu o rumo da série até o lançamento do Breath of the Wild, que voltou as raizes mais Open World.

Um jogo que faz tudo certo, e que inspirou toda uma geração de clones. Mas o charme dele faz com que você realmente se sinta participando de uma lenda.

O diferencial aqui é que quando você acha que já explorou tudo que tinha pra explorar, você descobre a entrada para o Dark World, uma versão mais perigosa de Hyrule, abrindo o horizonte das possibilidades do jogo.

4) Super Mario World

Esse jogo dispensa apresentações.

Mas o que você talvez não saiba, é que seu legado se manteve vivo, graças a comunidade de ROM hackers, que aproveitaram o gameplay fluído desse jogo, e fizeram incontáveis versões hackeadas do jogo.

O grande debate de qual é o melhor side-scroller sempre fica entre Mario World e Mario 3. Meu voto vai para World.

3) Megaman X

A série Megaman já tinha feito sucesso no Nintendinho, mas no Super Nintendo ela transcendeu.

O motivo? A adição de Dash e Wall Jumps, alçando o gameplay a novas alturas.

Destaque também para a trilha sonora, baseada em Rock, praticamente todas as trilhas são memoráveis.

No Snes você também vai encontrar os jogos X2 e X3, mas o primeiro é o melhor de todos, clássico dos clássicos.

2) Chrono Trigger

Por muitos anos, o debate entre o melhor jogo de todos ficava entre dois competidores: Chrono Trigger e Zelda: Ocarina of Time.

Criado pelas maiores mentes da Square na época, o chamado Dream Team, eles souberam colocar a alma nesse jogo, que mantém o hype mesmo depois de décadas.

Em relação ao gameplay, Chrono Trigger inova com batalhas que rolam no mesmo mapa aonde você anda, com o posicionamento dos personagens importando, e a possibilidade de você unir dois lutadores para soltar uma única magia em dupla.

A mecânica de New Game+ também foi inventada aqui.

Em relação aos gráficos, por muito tempo eu desejei um remake em 3D do jogo, mas hoje em dia já aceitei que isso não é preciso. É o ápice do pixelart, e todos os sprites exalam charme, sob a direção de arte de Akira Toryama.

A trilha sonora é uma obra prima. Ela é revisitada tanto para fazer versões orquestrais, como também é muito sampleada por cantores de Rap, e isso é algo que você não vê com frequência.

A história do jogo e o ritmo com o qual ela é contada é perfeito. Você é sugado pelo roteiro, e quando vai ver já está totalmente investido na trama e nos personagens.

Em questão de obras primas de jogos retro, Chrono Trigger vai sempre ter seu lugar.

…e a primeira colocação vai para:

1) Donkey Kong Country 2

Donkey Kong Country 2: Diddy’s Kong Quest é o melhor jogo já feito, e isso não é uma opinião, é um fato.

Aqui refinaram o gameplay do primeiro jogo, e os personagens são completamente responsivos e ágeis.

As fases são bem desafiadoras, sem nunca serem injustas, e os temas são sempre criativos.

Nós temos aqui as mesmas fases de lava e gelo de todo jogo, mas também temos fases dentro de uma colmeia de abelhas, em parque de diversões e uma favorita dos fãs: no meio de arbustos de espinhos.

Diferente do primeiro jogo, aqui todos os segredos são bem telegrafados, ou seja, você não precisa ficar se jogando em buracos para fazer 100% do jogo. Sempre vai ter uma banana escondida indicando um segredo. Quando não tiver, é porque os desenvolvedores querem que você pense fora da caixa.

E a trilha sonora? Aaaah, a trilha sonora. O compositor David Wise estava realmente inspirado aqui. Aliás, o time inteiro de desenvolvimento estava. O jogo é uma obra prima que não é tão reconhecida como tal.

Você pode olhar para os gráficos em alta resolução e reparar nos serrilhados, e não ficar impressionado. Mas novamente, esses gráficos em uma televisão de CRT se transformam completamente, e o efeito 3D realmente aparece e os sprites pulam para fora da tela.

Donkey Kong Country 2 é simplesmente o crème de la crème.

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Quer conhecer meu jogo, que foi totalmente inspirado na biblioteca do Super Nintendo? Acesse aqui!

Tropicalia — a Brazilian Game, o primeiro bRPG

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